17 de nov. de 2010

-amo fotografar -




Faz-me pensar:
no sim ou não
do ficar ou correr 
De jogar-me ao mar
E tu vir-me socorrer
Faz-me sentir:
medo
da incerteza do amanhã
Coragem
de lutar por ti
Desejo
de estarmos juntos para sempre
Lembro-me que azul era tua casa
e azul era o meu mar.


                                                                              Nadja Araújo

transitório

Durante muito tempo procuraste
E encontraste a dor
Durante muito tempo algo persistia
E nem um sorriso se expandia
Transitava entre os mortos,
mas aos poucos,
ressurgia.

Nadja Araújo

22 de set. de 2010

Valorize o acaso.
Nada por tudo  e tudo por algo.
Pra que querer saber?
tem coisas que ninguém saberá
e outras...
que apesar do conhecimento,
contem-se em silêncio.

Nadja Araújo

10 de set. de 2010

o que mais queres?

Não me pergunte por onde andei
quando estavas tu afastado de mim
Não me pergunte o que eu sentir
quanto voltei e tu já não estavas em mim
Não me pergunte se chorei
por que as vezes resumi-se em drama
E se eu,
por acaso,
ainda te quiser.
Lambuzo-me bruscamente no seu drama
E ainda me atiro levemente na sua cama
Mas não!
Não me pergunte
o que eu sentia por ti
pois tu era apenas uma droga
e eu ainda permaneço sendo o teu vício.

Nadja Araújo

23 de ago. de 2010

Um ou dois?

Será que aquela estátua continuará por dentro corroída pelos detalhes da vida?
Sera que a chuva insistira em tocar o seu rosto?
Será que sairá de todo contimento que lhe foi posta a vida?
Apenas prometa a eternidade
E não tente toca-la se a alma for egoísta.


 
Nadja Araújo

10 de mar. de 2010

Todo Tempo o Tempo faz Tempo


Carregava nas costas o inconstante
Não te sentia firme em nenhum lugar
E se houvesse um espaço
Lançava-se com toda intensidade
para apenas acreditar
Mas dentro do peito,
sabia a hora de tudo acabar
Pois o tempo tem passado como um pássaro
E que as vezes engana-se com flores falsas
E que, se voar...
uma hora vai ter que pousar
O tempo voa.

Nadja Araújo

25 de fev. de 2010

Decisão

Preciso não te ver mais
Pois te ver e fingir que o tudo foi o nada
É algo que pertuba e massacra
É doloroso
É uma faca afiada


Por isso,
Preciso ficar muito longe
Mas se estiveres por perto
Que sejas tu apenas uma sombra


Preciso não saber o que se passa
Se ama ou se odeia
Que os meus ouvidos não incomode a minha memória
Preciso desprender-me
Jogar-te dentro de um abismo
Lavar o meu corpo do teu pecado
Para que eu possa voltar a essência da minha alma
Só assim...
Sentirei-me livre novamente
Só assim...
sentirei-me em paz comigo mesma.


Nádja Araújo